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Fake news em tempos de pandemia...

Como combater?

Por: Thays da Silva Soares¹

 

Certamente você, assim como eu, estava vivendo sua vida normalmente quando, em meados de janeiro/fevereiro desse ano, foi surpreendida com a notícia do surgimento da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. Ao mesmo tempo em que se iniciou a propagação de uma enxurrada de informações – tanto verdadeiras, quanto falsas – como vídeos de pessoas na China, desmaiando inesperadamente. O excesso de informações, e aqui se inclui as fake news, tem gerado sensações de pânico geral. Então, sabendo que se trata de um vírus novo e com fácil transmissão, como podemos filtrar as informações e nos mantermos calmos diante dessa situação quase apocalíptica?


Bom, para responder a esta pergunta é preciso lembrar que, sim, é um vírus novo e pouco conhecido cientificamente, mas... O mundo se reuniu para combater a COVID-19, isso inclui a realização de diversas pesquisas, tratamentos em testes e elaboração de vacinas – no Brasil, apesar dos recentes cortes de bolsas de pesquisa, as universidades públicas e pesquisadores estão à frente nessa luta também – com isso, é preciso enfatizar que a cada dia estamos mais próximos de encontrar um tratamento efetivo, mas é claro, a partir de pesquisas e resultados concretos, comprovados, não caia nessa de usar cloroquina sem receita médica. Este é o ponto central desse texto, manter o foco em fatos. Tenha cuidado! Não acredite em achismos e informações de origem duvidosa.

A internet é um excelente local para busca de informações, em paralelo, com as redes sociais, um post pode se tornar viral em questão de segundos. Embora seja uma excelente ferramenta informativa, isto abriu brechas para viralização de informações falsas, ou seja, as famosas "fake news" tal como a mencionada no início do texto, sobre os desmaios na China, e várias outras que englobam curas, prevenções, tratamentos descabidos, até mesmo teorias de conspiração, como a criação do vírus em laboratório. Isto, certamente, é uma angústia para você, assim como é para mim. Então, como saber se uma informação é verdadeira ou falsa?

É preciso ter senso crítico para questionar, pesquisar, interpretar e tomar um posicionamento. De acordo com o Michaelis, Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, senso crítico é:

“a faculdade de julgar com imparcialidade, sensatez e discernimento”.

Ou seja, é essencial que haja reflexão, busca de informações, incluindo lados positivos e negativos sobre um mesmo assunto, e análise para tirar uma conclusão. O problema das fake news é exatamente a falta de senso crítico das pessoas, muitas vezes não intencional. Isto é um problema enraizado na sociedade, mas que pode ser amenizado e resolvido ao longo do tempo, uma vez que ter senso crítico é algo que pode ser aprendido e aprimorado, se trata de um importante processo da educação.

A fim de evitar a difusão das fake news foram criados alguns portais para conferir a veracidade dos materiais. O Ministério da Saúde apresenta um banco de dados explicando cada informação, se é verdadeira ou não. O site pode ser acessado aqui. Foi disponibilizado, também, um número de WhatsApp para encaminhamento de informações virais para que sejam verificadas antes do compartilhamento: (61) 99289-4640. No Estadão, Folha de S. Paulo, Portal Uol e G1, é possível encontrar diversas dicas para identificar as fake news, entre as mais comuns, estão: observar erros de português e pontuação, assim como a data e origem da publicação. Portanto, recomendamos a realização de pesquisa em sites de notícias confiáveis, jornais e telejornais antes de compartilhar notícias e enviá-las para seus grupos e contatos.

Vale ressaltar que até o momento não há comprovação 100% garantida de que X ou Y medicamentos tem capacidade de curar pessoas com COVID-19, nem mesmo a existência de vacinas. Sendo assim, é importante priorizar e se atentar aos métodos preventivos e cuidados com a higiene: lave bem as mãos e com frequência, evite o contato direto com outras pessoas, principalmente pessoas doentes, cubra a boca ao tossir e espirrar e evite tocar o rosto. Mas há uma dica vital, faça o possível para ficar em casa.

Nessa quarentena, evite ao máximo sair de casa, é essencial diminuir a propagação do vírus, entretanto lembre-se de cuidar da sua saúde mental também: evite o excesso de informações, procure se informar no máximo 2 vezes ao dia, nos jornais disponíveis na internet ou na televisão; tente manter uma rotina; coloque em dia os projetos engavetados; faça cursos, procure algo produtivo para fazer durante esse tempo e distrair a mente. Cuide-se, e a medida do possível, cuide do próximo também. Corpo e mente andam juntos, com informações confiáveis, prevenções e cuidados necessários, podemos sair dessa crise da melhor forma possível.

Se cuide! #FiqueEmCasa


¹ Discente de Ciências Biológicas – UNIFESP. Bolsista de Comunicação e Divulgação Científica do Observatório de Educação e Sustentabilidade da UNIFESP. Participa como extensionista do Programa de Extensão Universitária "Escolas Sustentáveis". E-mail: thayzdss@gmail.com Download desta matéria.

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